27 de novembro de 2007

World in Conflict Análise

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou no ano de 1945, a Europa estava em declínio. Embora antes fosse considerado o centro mundial da civilização e sede do capitalismo, o velho continente não tinha condições de empreender sua reconstrução. Enquanto isso, cresciam em paralelo duas potências no cenário mundial: os Estados Unidos e a extinta União Soviética. Foram aliados na guerra, porém não havia mais motivos que os unissem. Pelo contrário, suas diferenças eram muitas: ideológicas (capitalismo x socialismo), políticas, diplomáticas e econômicas

Não demorou muito para que a indisposição entre as duas nações resultasse em uma corrida armamentista, criação de uma rede de espionagem e competição tecnológica que incluía a corrida espacial com destino à Lua. A história nomeou estes fatos como "Guerra Fria" (pois não houve qualquer conflito físico entre as duas potências) e terminaria conforme alguns em 1991 com a dissolução da URSS.

Porém, imagine se a Guerra Fria tivesse continuado e de fato o conflito bélico acontecesse... Imagine se a URSS invadisse os EUA... Imagine o início de uma III Guerra Mundial. Em Word in Conflict é exatamente isto que acontece. Onde termina a linha da realidade, começa a da ficção. O jogo retrata o que poderia ter acontecido se o exército soviético tivesse invadido os Estados Unidos no outono de 1989. E as conseqüências não são alarmantes...

Quando somos lançados para dentro da ação visceral e tática de World in Conflict, percebemos que não estamos diante de mais um RTS rotineiro. Além de se mostrar como uma super produção em todos os aspectos, WIC modifica alguns padrões até então tidos como "dogmas" do gênero, embora não seja o primeiro a fazê-lo.

A mudança mais marcante de todas é a de não haver necessidade de se construir bases para treinar soldados e arrecadar recursos. Também não controlamos milhares de unidades espalhadas pelo cenário, com maçante micro-gerenciamento, mas sim um pouco delas durante a batalha. Apesar de assustar um pouco os mais conservadores, o fato de WIC suprimir essa característica do gênero resulta em uma ação desenfreada.

E acredite! Esta é a exata sensação que experimentamos ao iniciar a primeira fase. Os EUA estão sendo invadidos, os civis fogem como podem pelas avenidas e há destroços para todos os lados, tiros, bombas e explosões! Pelo rádio ouvimos mensagens cada vez mais nervosas de nossos aliados pedindo por socorro ou exigindo nossa presença em determinado lugar do campo de batalha. Tudo é feito no improviso e necessita de ações rápidas, como em uma invasão de verdade.

É muito bom constatar que esta nova geração de games estão elevando o padrão dos gráficos a um patamar de realismo impressionante. Isso se dá pelos processadores e pelas placas de vídeo, cada vez mais velozes e capazes de suportar mais informações e cálculos avançados. Por isso, lembre-se que para jogar WIC com todo o seu esplendor vai ser necessário um computador muito veloz. Do contrário, a jogabilidade será muito prejudicada por constantes slowdowns.

E tal realidade não é tão difícil acontecer já que tudo no cenário pode ser destruído com direito a física aplicada aos mais pequenos destroços e explosões espetaculares, que levantam enormes cortinas de fumaça. Os edifícios atacados logo entram em colapso. Trechos significativos de florestas se consomem em fogo com o uso do Napalm. WIC transporta o jogador para o centro da batalha, com muita poeira, explosões, destroços e danos colaterais.

Os cenários são detalhados e realistas. Alternam-se entre ambientes urbanos e rurais. As cidades foram reproduzidas com todas as suas particularidades. Até mesmo em um dado momento vemos enfeites de natal nas casas enquanto a guerra acontece. Os monumentos das cidades mais famosas também estão presentes. Cidadãos correm desesperados pelas ruas e, mesmo no horizonte, conseguimos ver ao longe tiros e explosões além do nosso alcance. As nuvens e os efeitos de iluminação criam ambientes fantásticos para a guerra.

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